Você já ouviu falar em arritmia? Sabe o que significa?

Neste texto você vai finalmente entender o que é uma arritmia, as principais causas, sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento.

O QUE É ARRITMIA?

Desde que o seu coração é formado, um grupo de células no coração, chamado nó sinusal, comanda o ritmo de todo o coração. Ele funciona como um maestro que rege o ritmo de uma orquestra.

Quando outras partes do coração tomam o lugar do nó sinusal e passam a comandar o ritmo, temos uma arritmia. Ou seja, arritmia é uma alteração do ritmo cardíaco. Como se fosse um violinista tomando o lugar do maestro e começasse a ditar o ritmo da orquestra.

QUAIS OS TIPOS DE ARRITMIAS?

Existem diversos tipos e classificações de arritmias. A sua frequência cardíaca pode estar aumentada (taquicardia), diminuída (bradicardia) ou, até mesmo, normal.

Podem ser classificadas também quanto à origem do estímulo. Nas taquicardias supraventriculares, o estímulo é gerado acima dos ventrículos, geralmente nos átrios. Já nas taquicardias ventriculares, o estímulo é gerado nos ventrículos.

Algumas arritmias são benignas, sem grandes consequências. Entretanto, outras são malignas, mais graves, e podem levar a sérias complicações de saúde e até a morte.

QUAIS AS CAUSAS DE ARRITMIA?

Insuficiência cardíaca, hipertensão, idade avançada (especialmente depois dos 65 anos), diabetes, doenças vasculares, tabagismo e sedentarismo são algumas das principais causas de arritmias.

Obesidade e apneia do sono também são importantes fatores de risco.

Consumo de álcool e/ou energéticos em excesso e, algumas “fórmulas” para emagrecimento também podem induzir arritmias.

Além disso, determinadas condições estão presentes desde o nascimento, como na síndrome de White-Parkinson-White, em que existe uma via acessória de condução do estímulo elétrico entre os átrios e os ventrículos.

Por fim, existem arritmias de causa idiopática, ou seja, de causa desconhecida, sem associação com doenças ou fatores de risco cardiovascular.

QUAIS OS SINTOMAS DAS ARRITMIAS?

Um dos principais sintomas é a palpitação. Você pode sentir seu coração batendo rápido, forte ou parece pular uma batida, descompassado, irregular, gerando muito incômodo.

Tontura, cansaço, desconforto no peito, mal estar, sensação de desmaio ou até mesmo desmaio, são outros sintomas que você pode sentir e são de grande relevância.

Infelizmente, a morte súbita pode ser a primeira manifestação clínica de algumas arritmias.

COMO É FEITO O DIAGNÓTICO DE UMA ARRITMIA?

Para diagnosticar uma arritmia, fazemos uma história clínica detalhada, interrogando você sobre vários aspectos da sua vida, bem como a sua história familiar e os seus hábitos de vida.

Depois de um exame físico detalhado e minucioso, exames complementares auxiliam o diagnóstico, sendo o primeiro deles o Eletrocardiograma (ECG).

Algumas arritmias acontecem de forma esporádica, ou seja, há momentos em que o coração está em ritmo normal e, em outros, apresenta arritmia. Nesses casos, outros exames, de monitoramento do ritmo cardíaco mais prolongado como o Holter de 24 horas e o Looper, podem auxiliar no diagnóstico.

Além disso, frequentemente é necessária a realização de outros exames de acordo com cada caso individualmente como exames laboratoriais, ecocardiograma, teste ergométrico e ressonância magnética.

COMO É O TRATAMENTO DAS ARRITMIAS?

Cada arritmia possui um tratamento específico. O tratamento correto das arritmias visa aliviar principalmente os seus sintomas que tanto incomodam, fazendo você ter uma melhor qualidade de vida, melhores noites de sono, mais produtividade e bem-estar físico e mental.

Além disso, o tratamento das arritmias visa também reduzir os riscos intrínsecos a cada arritmia.

Alimentação saudável, prática regular de exercício físico e cessar o tabagismo são fundamentais para melhorar os seus sintomas e controlar adequadamente as arritmias.

Existem diversos medicamentos que podem ser necessários para você com os objetivos de controlar o ritmo cardíaco almejando um ritmo sinusal (normal) e evitar frequências cardíacas elevadas incompatíveis com a atividade que você esteja desenvolvendo.

Em casos selecionados, pode ser necessário procedimento médico específico como ablação para taquicardias ou implante de marcapasso para bradicardias.